domingo, 30 de dezembro de 2012

Marcas do que se foi...

"Eis que eu faço novas todas as coisas!" (Livro das Revelações )



Já escrevi aqui que ninguém passa incólume pela existência.

Cada qual traz em si as marcas do que viveu.

Cicatrizes se formaram com o tempo em feridas que julgava-se insuperáveis.

Quanto aprendizado a dor proporciona aos que se deixam ensinar.

O mais incrível de todos os incríveis da vida, no entanto, é nossa vocação para sonhar, e...

seguir sonhando.

Para esperar que cada novo dia seja realmente novo.

Para desistir de nossas carrancas ao nos encontrar em olhos que nos fascinam...

ou gestos que nos desarmam...

Almas que se quer pensávamos existir.

Deus nos fez assim, obstinados pela felicidade.

Não há feridas, não há dores e nem cicatrizes que tirem de nós o desejo de voltar a ser feliz.

Se cuidarmos das feridas uns dos outros potencializaremos a possibilidade de dias melhores.

O próprio Cristo teve ajuda para levar sua cruz.

Ninguém precisa sofrer sozinho.

Conte com este pregador no novo ano que se inicia.

Vamos sofrer juntos...vamos devanear juntos...vamos sonhar juntos...

Que as marcas sejam nossas...

...assim como os sonhos que vamos ter.


Feliz 2013, amigos.


Marcelo de Paula


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Antes que venham os dias maus...

"...antes que venham os maus dias, e cheguem os anos nos quais dirás:  Não tenho neles prazer". (Eclesiastes 12:10)




A bíblia fala deles...
...dos dias maus.

Diz ainda que não seriam poucos...e quão bem sabemos disso!

Fazemos da felicidade nossa razão de ser e existir, pra perceber em pouco tempo que não a compreendemos.

Tenho visto pessoas tristes demais antes da hora...
Desacreditadas de si em plena flor da idade.

Pessoas que apostaram tudo em situações que não se concretizaram como haviam sonhado.

Esquecem-se que a vida é feita de momentos...de instantes seguintes, cuja duração está escondida em Deus.

Que a vida é um mistério não temos dúvidas...

Toda vez que pensamos assumir o controle de nossas existências tropeçamos no desconhecido...

...no inimaginável... no imponderável...
...no transcendente.

Antes que venham os maus dias, nos aconselha o pregador, LEMBRA-TE DO TEU CRIADOR...

Refere-se ele aos áureos tempos da mocidade, quando Deus tem pouco apelo para a maioria.

O salmista e profeta Moisés sentencia que após os 70, 80 anos o que resta é canseira e enfado... o anseio pelo fim.

Daí, como explicar que pessoas longe dessa idade sucumbam no recôndito de suas tristes existências?

Vejo nas faces por onde caminho a ausência de Deus, e me pergunto se também não estou acometido desse mal.

Como posso não me lembrar noite e dia do favor de Deus?

Do sol que aquece, da chuva que refresca, do amor que encanta?

Dos amigos que me fazem rir, da capacidade de me condoer?

Como posso não me lembrar que atravessei ileso mais um ano em que tantos ficaram?

Que não passei um dia sequer sem ter onde morar, o que comer, beber e vestir?

Fomos lembrados todos os dias por Deus independentemente de nossas crenças.

Que possamos também nos lembrar dEle antes...

...antes que venham os maus dias e nos leve o que ainda resta de prazer.


Marcelo de Paula



quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Mudanças

"Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça..." (Profecia de Malaquias 4:2)



E assim chegamos ao final de mais um ano...

Sejamos francos, pouca coisa mudou...

Pelo menos na vida da maioria de nós.

E a pergunta que fica é:

Era mesmo necessário mudar?

Por que ansiamos tanto por mudanças?

A cada ano nos despedimos do ano velho que doze meses antes celebramos como novo.

Isso é uma pequena amostra de como vemos a vida.

Suportamos a existência quando deveríamos vivê-la, celebrá-la... como uma dádiva divina.

Mas como, se O Deus que nos presenteou a vida é resignificado a todo instante segundo nossas conveniências?

A mudança que muitos de nós queremos é a mudança do outro.

O ser humano é capaz de entediar-se com a mais bela  paisagem se não estiver de bem com a sua alma.

A cada ano que se torna velho concluo que o velho sou eu.

Despeço-me do ano velho porque não tenho coragem de despedir-me de mim mesmo.

Assim, vou colecionando lamúrias e me acrescentando pesos que me farão arrastar por mais um ano que era para ser novo.

Não sou contra mudanças...penso mesmo que elas são necessárias, mas mudança alguma será satisfatória para quem não se propõe a mudar primeiro.

Precisamos urgentemente fazer as pazes com a vida, reconciliando-nos conosco mesmos.

Somente assim as mudanças serão efetivas e duradouras, pois terão partido do lugar certo...

...de dentro de cada um de nós.


Feliz vida nova!


Marcelo de Paula



Gosto muito de devanear ouvindo música. Convido você a essa viagem comigo depois do que acabou de ler. Lembre-se que Deus te fez para ter comunhão com Ele, para ser feliz, pleno(a), absoluto(a).
Aceite, pois, o projeto de Deus para sua vida, que passa pela cruz.