sábado, 20 de outubro de 2012

...até ao Ilírico.

"......de maneira que, desde Jerusalém e circunvizinhanças até ao Ilírico, tenho divulgado o evangelho de Cristo." (Carta de S. Paulo aos Romanos 15:19)




Bem que eu queria...

Olhar da janela e avistar o horizonte sem fim...

Até onde meus olhos pudessem alcançar.

Privilégio de poucos, quase ninguém.

Deixar-me-ia seduzir pelo espelho de Deus emoldurado de luz ao romper da aurora, oh retrato da glória que me enche de paz.

Bem que eu queria... 

Não apenas querer, muito mais que viver...completar-me com o que me basta.

Saber que doando de mim mais de Deus eu vou ter...

Queria pegar na mão do transeunte, ser-lhe o anjo que a muito aguardado traz o anúncio do favor divino.

Queria saciar a sede do nômade, que vagando pelo deserto da existência se guia pelas miragens alucinógenas da ilusão.

Bem que eu queria...

Ter a palavra oportuna quando ninguém mais soubesse o que dizer...

Ser o abraço que aquece, o ouvido que escuta, os olhos que olham nos olhos...

O colo sempre vago e o ombro disponível.

Queria esculpir sorrisos em rostos disformes, vitimados pela desilusão...

Ser o semelhante do que se deplora para que soubesse não estar só.

Bem que eu queria...

Encurtar as distâncias que o meu comodismo exagera...

Falar o idioma da alma silenciada pela ausência de esperança.

Bem que eu queria...

Abrir a janela e ir além do querer...

Respirar o ar da graça e se não houver quem o faça,

Eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim.


Marcelo de Paula




3 comentários:

  1. Ojala vinieran al Perú, donde hay muitos povos "sin esperanca", aguardando esta mensagen

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  2. Gracias hermano por sus palabras como refuerzos. Tal vez un día voy a ir a Perú y tendré gran gozo en conocerle personalmente. Dios bendiga su vida y su país.

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