domingo, 1 de abril de 2012

Humor...

"Até no riso o coração sente dor e o fim da alegria é tristeza" (Provérbios 14:13)




Ah, como almejo a tranquilidade, tal como qualquer mortal...

Dias difíceis todos  temos, mas há dias que são especialmente inglórios.

Na verdade, estou convencido que não há nada de errado com os dias, mas em como reajo a eles.

O fato é que nem sempre estou com o mesmo humor...com a mesma disposição. Isso pode se dar por uma infinidade de fatores que não compete agora perscrutar...não é o foco desse devaneio.

Tais dias contribuem para a composição da totalidade de minha existência, e certamente tem um papel a cumprir. Por isso, tenho aprendido a aceitá-los, ainda que por vezes se prolonguem.

Desconfio de pessoas que estão sempre bem; ou são seres humanos fora de série, ou enganam-se a si mesmos... a mim, não.

Até os palhaços tem outros rostos...

A natureza humana é assim e não vejo anomalia alguma nisso. Somos feitos de altos e baixos, mas entre os extremos situa-se o equilíbrio. Nem sempre no alto...nem sempre no baixo. Temos com isso a dimensão de nossas limitações e de nossas possibilidades.

Mas, hoje...humm, hoje devaneio para espairecer...para serenar...para ler depois e refletir sobre quão humano eu sou. Não sou boa companhia nem pra mim...Aliás, se pudesse, me livraria de mim...

Não quero me enganar...nem pensar de mim além do que convém. O espelho só reflete o que eu mostro pra ele.

Estar bem é antes de tudo uma questão de espírito... Não tem a ver com posses ou a falta destes, e muito menos com religião.

Discursos triunfalistas,  à muito que deixaram de me seduzir.

Hoje o que me seduz são palavras audíveis à alma, e quão escassas elas são.

Estas sim,  me fazem serenar...ainda que não se originem em meio a  cenários deslumbrantes caprichosamente desenhados pela natureza.

Quantas vezes nos bastam as palavras...

Não, não estou depressivo, estou normal...estou equilibrado...

na linha tênue entre a loucura e a razão, a fé e o ceticismo, a tristeza e a alegria,  o adeus e o olá, o sim e o não, a vida e a morte, o bem e o mal, a paz e a guerra, o céu e o inferno.

Com tudo isso me sinto sereno, reina uma paz inexplicável em meio aos devaneios de um coração intempestivo.

Deus está por aqui...

Teimo em dizer que isso é normal... isso é ser humano...

Me sinto melhor do que quando comecei a escrever...

Meu filho Lorenzo acabou de passar por mim e sorrir...

Com isso, finda-se esse devaneio...

o que o inspirou, se foi...

meu mau humor...


Marcello di Paola

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